Fotografia do "Rio Cávado, no Gerês"

sábado, 29 de janeiro de 2011

Para cima do Ave... Riba D'Ave

E a saga continua... nas margens do Rio Ave.

Depois dos quinze anos há uma mudança significativa na minha vida: deixar de ser amparada pelos dois "avos"- para seguir a corrente de um só. O Vizela já se misturara nas águas do Ave e era preciso posseguir caminho.

Deixar S. Miguel de Entre Ambos os Aves (pouco depois do meu nascimento: "Vila das Aves") e voar mais para riba... para novas vivências, talvez para aquelas que o coração clamou no momento. 

Riba D'Ave, a meia dúzia de kilómetros do ancoradouro inicial, foi o deslizar de um tempo vivo de paixões, muitas frustações e algumas doces ilusões.

A casa com o nº 82 do Centro Residencial Conde de Riba D'Ave marcou uma nova etapa.

O CENTRO RESIDENCIAL CONDE DE RIBA D’AVE

(...)
Este empreendimento surgiu como consequência, não apenas do processo de desenvolvimento industrial que transformou uma pequena freguesia rural numa vila de grande concentração operária, mas também da obra social levada a cabo por Raul Ferreira 3 queprocurou dotar a localidade dos equipamentos sociais imprescindíveis à população. A procura de mão-de-obra para a indústria têxtil tornou Riba d’ Ave num pólo de atracção para onde confluíam diariamente, em movimentos pendulares, muitos operários provenientes de outras localidades.
(...)

Ver mais em: http://homepage.ufp.pt/pseixas/artigospub/Antropologia%20e%20Urbanismo/ribadave.pdf

Este carácter estranho de aldeia urbana fora de tempo que Riba d’Ave tem deve-o, de facto, a uma dinastia familiar e, em primeiro lugar, ao industrial fundador que Narciso Ferreira foi. Mas se Narciso Ferreira fez indústria, foi sem dúvida Raul Ferreira – o Conde de Riba d’Ave –, seu filho, quem mais se empenhou em fazer cidade. Compreender Riba d’Ave enquanto freguesia rural que se fez industrial e que quis, um dia, ser Concelho é falar da família Ferreira e, especificamente, daqueles dois homens, um o industrial fundador, o outro o urbanizador "Já em 1902 Narciso Ferreira era um activo industrial e possuía a importante fábrica de fiação de Riba d'Ave da Firma Sampaio, Ferreira e Cª".

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Eu sou... portuguesa aqui!



Nasci na Vila das Aves em 1953, estudei no Porto, fui professora do 1º ciclo até 2006. Resido actualmente em Vila Nova de Famalicão.
Tenho 3 filhos e duas netas pequeninas que são a minha perdição. Também acrescento 4 cães que me dão muito que fazer. Não sou aposentada de nada, muito menos de mim mesma. Ocupo-me todo o dia... e mais à noite. Levanto-me tarde e não tenho horas para me deitar. Vejo montes de filmes, leio e ocupo-me de blogues, embora já não tenha tanto entusiasmo em visitá-los ou comentá-los.

Considero-me uma apaixonada pelo meu País e acho que não o trocava por outro - pelo menos é o que sinto e exclamo sempre que chego de fora: "Lar! Doce Lar"

Este blogue nasceu desta paixão por Portugal, pela necessidade de guardar para sempre estes lugares que visito, pelo imenso amor que tenho a cada pedra, cada árvore, montanha e mar...

Não aprecio críticas severas ao Portugal que nos viu nascer, pois acredito que cada um está exactamente onde deve estar, consoante o seu nível de consciência. O meu País é ESTE!

Já usei vários títulos para este blogue, conforme estados de espírito:

- Portugal_____naturalmente belo! - devido a deslocações constantes que faço a locais onde a natureza é exuberante, como é o caso do Parque Nacional da Peneda Gerês.

- Portugal_____encoberto! - pela tristeza que sinto quando a política do nosso país anda às avessas.

- Portugal_____a descobrir! - porque há muito ainda para descobrir neste rectângulo tão pequenino, mas onde cabe nele o rosto de "Jesus" (um tal Mr. Gregory fez-me umas confidências da missão de Portugal, em 1984, depois de eu ter sentido o ímpeto enorme de ir viver para o Gerês - seriam as vozes do vento no meu ouvido?)

- Portugal_____em Mim! - definitivamente, o que eu procuro fora está bem dentro de Mim... só isso!

E quanto ao blogue, não sei o que leva a maioria das pessoas a visitarem mais uma que outra mensagem, mas entendo que cada um sabe o que procura e, por tal, estas foram as estatísticas que foram fornecidas pelo painel deste blogue.

As 10 mensagens mais vistas no bogue. Estas estatísticas compreendem o período de Maio de 2010 a Janeiro de 2011:













Destes países, pela ordem indicada,  vieram a maior quantidade de visitantes:

Portugal - Brasil - Estados Unidos - Alemanha - Holanda - França - Espanha - Suíça  - Canadá - Cingapura


URLs de referência

http://www.google.pt/

http://cova-do-urso.blogspot.com/

http://noitesdeinsonias.blogspot.com/

http://portulugues.blogspot.com/

http://luzdequeijas.blogs.sapo.pt/

http://search.incredimail.com/

http://astrid-annabelle.blogspot.com/

http://www.google.pt/

http://pesquisa.sapo.pt/

http://pingywebedition.somee.com/


Sites de referência
http://www.google.pt/ - http://www.google.com.br/ - http://www.google.com/ - http://www.facebook.com/ - http://www.google.fr/ - http://www.bing.com/ - search.conduit.com- http://www.blogger.com/ - astrid-annabelle.blogspot.com - noitesdeinsonias.blogspot.com

O maior agradecimento a todos os que se dignaram visitar ou comentar este blogue.
Um novo ano cheio de bençãos e de realizações pessoais.
Lucília Ramos


A Escola com que sempre sonhei


"O nascimento do pensamento é igual ao nascimento de uma criança: tudo começa com um ato de amor. Uma semente há de ser depositada no ventre vazio. E a semente do pensamento é o sonho. Por isso os educadores, antes de serem especialistas em ferramentas do saber, deveriam ser especialistas em amor: intérpretes de sonhos."
- "A alegria de ensinar", de Rubem A. Alves


O livro A Escola com que sempre sonhei, sem imaginar que pudesse existir”, do conhecido pedagogo brasileiro Rubem Alves, tem como objecto das narrativas e dos depoimentos a Escola da Ponte nº 1, em Vila das Aves, no concelho de Santo Tirso.


Escola da Ponte, por Rubem Alves

São extraordinários os esforços que estão sendo feitos para fazer com que nossas linhas de montagem chamadas escolas tão boas quanto as japonesas. Mas o que eu gostaria mesmo é de acabar com elas. Sonho com uma escola retrógrada, artesanal...
Impossível? Eu também pensava. Mas fui a Portugal e lá encontrei a escola com que sempre sonhara: a "Escola da Ponte". Me encantei vendo o rosto e o trabalho dos alunos: havia disciplina, concentração, alegria e eficiência.
Gente de boa memória jamais entenderá aquela escola. Para entender é preciso esquecer quase tudo o que sabemos. A sabedoria precisa de esquecimento. Esquecer é livrar-se dos jeitos de ser que se sedimentaram em nós, e que nos levam a crer que as coisas têm de ser do jeito como são.
Não. Não é preciso que as coisas continuem a ser do jeito como sempre foram.
Pois estou fazendo com as minhas crônicas o que Monet fez: ele, diante do monte de feno; eu, diante de uma pequena escola por que me apaixonei -- pois ela é a escola com que sempre sonhei sem ter sido capaz de desenhar.

Escola da Ponte: um único espaço, partilhado por todos, sem separação por turmas, sem campainhas anunciando o fim de uma disciplina e o início da outra.

A lição social: todos partilhamos de um mesmo mundo.
Pequenos e grandes são companheiros numa mesma aventura.
Todos se ajudam. Não há competição. Há cooperação.
Ao ritmo da vida: os saberes da vida não seguem programas.
É preciso ouvir os "miúdos", para saber o que eles sentem e pensam.
É preciso ouvir os "graúdos", para saber o que eles sentem e pensam.
São as crianças que estabelecem as regras de convivência: a necessidade do silêncio, do trabalho não perturbado, de se ouvir música enquanto trabalham.
São as crianças que estabelecem os mecanismos para lidar com aqueles que se recusam a obedecer às regras.
Pois o espaço da escola tem de ser como o espaço do jogo: o jogo, para ser divertido e fazer sentido, tem de ter regras. Já imaginaram um jogo de vôlei em que cada jogador pode fazer o que quiser?
A vida social depende de que cada um abra mão da sua vontade, naquilo em que ela se choca com a vontade coletiva.
E assim vão as crianças aprendendo as regras da convivência democrática, sem que elas constem de um programa.

-Rubem Alves é educador, escritor, psicanalista e professor emérito da UNICAMP. Os trechos aqui transcritos foram retirados das cronicas publicadas no jornal Correio Popular, de Campinas, SP (entre maio e junho do ano 2000), que foram posteriormente publicadas no livro A escola com que sempre sonhei sem imaginar que pudesse existir (Papirus Editora, Campinas, SP, 2001 e Edições Asa, Porto, 2001)

A Escola da Ponte é uma instituição pública, localizada em Vila das Aves, Portugal, idealizada por José Pacheco, em que não existem turmas separadas por idade ou escolaridade.

Aqui, entrevista com José Pacheco: http://www.educare.pt/educare/Actualidade.Noticia.aspx?contentid=4BF2C82907DA395FE04400144F16FAAE&opsel=1&channelid=0

José Pacheco: "A medida de política educativa de maior impacto seria a extinção do Ministério da Educação"



Esta era a velha escola da Ponte, em 1976, na Vila das Aves.
Este foi o edifício que eu frequentei na minha instrução primária, pois nasci na Vila das Aves e lá vivi durante 15 anos.
velho deu lugar ao novo... mas foi precisa a persistência de um mestre, a teimosia de um sonho, o empenho de quem sabe esperar.
José Pacheco fez a ponte no tempo para que a escola mudasse...!
É preciso saber sonhar... sonhar com escolas do futuro, como esta que se antecipou no tempo.











quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

Barragem da Queimadela - Fafe

Em tempos de balanço do blogue:

Consultadas as estatísticas deste blogue na categoria "de sempre" - Maio de 2010 a Janeiro de 2011

1º lugar

Barragem da Queimadela - Fafe - foi a mensagem mais vista "de sempre" neste blogue.

Os portugueses são em larga escala os que mais visitam este blogue.

O Google português é o site de maior busca:  http://www.google.pt/

A maior fonte de tráfego: http://cova-do-urso.blogspot.com/

Agradeço aqui ao meu amigo António Rosa, da Cova do Urso, dou-lhe os meus parabéns pelo grande sucesso do seu blogue.

O mais assíduo comentador: o grande amigo Eduardo Aleixo, do blogue: À Beira de Água http://ealeixo.blogspot.com/. Para o "Poeta das Águas", o meu maior carinho, a minha admiração e respeito, não esquecendo 'umas canecas de vinho verde', que estão à espera do encontro com o compadre alentejano.
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Mensagem publicada em 23 de Setembro de 2009
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Num Outono ainda quente, sabe bem ir até ao Rio Vizela...

Agosto de 2009 - uma banhoca e um passeio à volta da albufeira:


domingo, 2 de janeiro de 2011

The Prayer... pela tolerância religiosa

No começo de um novo ano...
Espreitemos as nossas ideologias religiosas: pelo lado negativo, pelo lado positivo, pela janela da alma, pelo lado cor-de-rosa do coração,em espelho,..., reflectindo tudo e todos.


Na serra da Peneda/Gerês: