Fotografia do "Rio Cávado, no Gerês"

quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Boas Festas!



Umas Boas Festas... muito estreladas... para todos os visitantes deste blogue!




Ainda por Vila do Conde, assistindo a um pôr-do-sol maravilhoso, mas que a máquina fotográfica deixou ficar mal... foi-se a bateria. 
Salvou-me o telemóvel, porque o paredão estava cheio de "estrelinhas do mar" contando segredos umas às outras.Um momento digno de registo!
As gaivotas faziam círculos, defendendo assim  o seu território habitual de observatório... entre o Rio e o Mar.
O farol, abrigo dos sem abrigo, pousada de gente, misturada de animais do céu e da água, lá vai resistindo a impulsos mais ferozes de um mar bravio.
E o pescador, lançando o anzol, com duas canas que bem podiam apanhar o peixe de água doce ou de água salgada - naquele ponto onde a terra acaba, o rio desagua e o mar começa... todos são um só.

Ah! O Sol! Pois, aquela bola redonda de fogo que dá um toque mágico e sublime a tudo quanto é ser vivente na Terra, a Luz que os nossos olhos mais querem ver mas nos cega de tanto esplendor, envergonhado de tanto elogio... escondia-se, devagarinho...! Num piscar de olhos deixava que a sua amada Escuridão fosse aparecendo, primeiro ainda tonta do calor, da luz do seu amante, mas aos poucos ganhando presença, mostrando todo o seu realce, as estrelas que poisavam nos seus cabelos, aquelas que eram companheiras de segredos das outras que poisavam a seus pés.    
Bem-vindos sejais, Luz e Escuridão, a todos os dias das nossa vidas!



domingo, 19 de dezembro de 2010

Vila do Conde... do Fado Português!

Do Castelo até à foz do Rio Ave, passando pela Nossa Senhora da Guia:

Lembrando José Régio:

(caricatura do blogue: "desenhos do ruihttp://desenhosdorui.blogs.sapo.pt/tag/caricaturas)


Fado Português
O Fado nasceu um dia,
quando o vento mal bulia
e o céu o mar prolongava,
na amurada dum veleiro,
no peito dum marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.

Ai, que lindeza tamanha,
meu chão , meu monte, meu vale,
de folhas, flores, frutas de oiro,
vê se vês terras de Espanha,
areias de Portugal,
olhar ceguinho de choro.

Na boca dum marinheiro
do frágil barco veleiro,
morrendo a canção magoada,
diz o pungir dos desejos
do lábio a queimar de beijos
que beija o ar, e mais nada,
que beija o ar, e mais nada.

Mãe, adeus. Adeus, Maria.
Guarda bem no teu sentido
que aqui te faço uma jura:
que ou te levo à sacristia,
ou foi Deus que foi servido
dar-me no mar sepultura.

Ora eis que embora outro dia,
quando o vento nem bulia
e o céu o mar prolongava,
à proa de outro velero
velava outro marinheiro
que, estando triste, cantava,
que, estando triste, cantava.

José Régio, in 'Poemas de Deus e do Diabo'




sexta-feira, 17 de dezembro de 2010

Um sol quentinho... em Vila do Conde



Tarde de 16 de Dezembro de 2010

Para alternar com os dias cinzentos, frios e chuvosos, um dia de sol, quentinho, passado na praia... alegra a alma.
Enquanto o sol não se põe é bom caminhar à beira mar. Depois... corre aquele friozinho que gela a 'espinha' e a noite cai de imediato. É então a hora de correr para casa, para o quentinho da lareira, substituindo um fogo que se extingue por um outro que vai ardendo lentamente. 
E assim se vai alimentando o coração...

Praia de Vila do Conde até à foz do Rio Ave: