Fotografia do "Rio Cávado, no Gerês"

domingo, 31 de janeiro de 2010

4 VOZES PARA 100 ANOS DE REPÚBLICA




 Ontem pelas 22h, no Coliseu do Porto assisti ao concerto do RUI VELOSO, em que ele CONVIDA PEDRO ABRUNHOSA, RUI REININHO E SÉRGIO GODINHO.

E foi por esta ordem que eles entraram em palco, com uma audiência que superlotou o Coliseu do Porto. Rui Veloso inicia o espectáculo dando voz a um "Porto Sentido", fazendo com que a assistência fizesse eco e se juntasse à sua voz, antecipando-se mesmo no refrão. Foi um grande impulso num Porto mesmo sentido e que fez com que vibrasse uma energia 'bem em alta frequência' e se prolongasse até ao final do espectáculo.

A juntar-se a ele vieram os outros 3 'cromos' do Porto - como ele próprio definiu os amigos de estrada...

Pedro Abrunhosa todo estiloso, vestindo uma t-shirt turquesa, todo ele a dar nas vistas (por isso é que usa sempre os óculos de sol, para não se ofuscar quando se vê ao espelho). Encantou e pôs todos a cantar: "Socorro, estou apaixonado... é impossível resistir a tanto charme!" Mas quem foi que te perdeu... Pedro?

Depois vem aquele 'poste' do Rui Reininho, que de certeza tem microfones feitos à sua altura. "Bem bom!” foi com esta canção que iniciou a sua actuação. Não lhe faltou a "pronúncia do norte" nem o "vamos viajar sem sair do lugar... vamos naufragar e morrermos a rir...". (Ainda hei-de tirar a letra desta canção espectacular)

E por fim, o meu favorito, Sérgio Godinho, cantando com um brilhozinho na alma: "Olá cidade do Porto, a lágrima ao canto do olho, estava fechada há que tempos, com um ferrolho... Ai, eu estive quase morto no deserto e o Porto aqui tão perto..." e de certeza que este foi "o primeiro dia do resto da sua vida".

Um espectáculo bem animado onde não faltaram as 'estrelas do céu' do Chico Fininho a reinar com o Godinho, o Pedrinho e o Reininho... naquela voz inconfundível de quem tem todo o tempo do mundo para encantar.

E aconteceram os duetos, os tercetos, até chegarem ao quarteto.

Como os 'encores' não terminavam nunca - ainda vieram animar a populaça com os telefonemas que fizeram à Etelvina, à Isaura, à Olga... e ao domingo ficaram de folga.

E porque já era domingo, 31 de Janeiro (acabou o concerto à 1h da manhã - bem bom!), dia em que foi proclamada a República Portuguesa, e porque lá andaram os avós do Sérgio Godinho, as 4 vozes entraram mais uma vez em palco cantando o Hino Nacional.

Foi um momento solene a que toda a gente aderiu, numa unidade de patriotas a elevarem e a sentirem a Voz de seus egrégios avós (que há-de levar-nos à Vitória!).

Lá do fundo, das galerias do Coliseu, foram estas as fotos possíveis do concerto.
Janeiro 2010

sexta-feira, 29 de janeiro de 2010

Paço dos Condes de Barcelos / Museu Arqueológico de Barcelos

Ainda Barcelos, numa tarde ensolarada de domingo...

Fotos de janeiro de 2010



Foi construído na primeira metade do século XV por ordem de D. Afonso, oitavo conde de Barcelos e primeiro duque de Bragança.
Deste Paço, que era um castelo apalaçado, restam pouco mais do que algumas paredes e uma chaminé tubular. A decadência deste Paço, iniciou-se em finais do século XVIII.
Com quatro chaminés de grande altura, este edifício era a construção mais rica de Barcelos na época em que foi construído. De notar que nas ruínas actuais já não é visível a torre que se situava entre a ponte e as chaminés. Terá sido bastante danificada aquando do Terramoto de 1755 e caído definitivamente em 1801. Em 1872, em face do estado ruinoso do edifício, o município de Barcelos, mandou demolir o que restava. Essa demolição não chegou a concretizar-se na totalidade, devido a diversos protestos, mas o que restou já não consegue dar-nos ideia da sua grandeza inicial. (cerca de 32 metros por 16 metros).
Actualmente este Paço alberga o Museu Arqueológico de Barcelos, que aí foi instalado no início do século XX.
Este Paço foi classificado como Monumento Nacional pelo decreto 16-06-1910, DG 136, de 23-06-1910.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

quarta-feira, 27 de janeiro de 2010

Barcelos... e os galos!

Solares de Portugal » Barcelos

 

Cidade pequena e agradável, Barcelos é, segundo muitos autores, uma povoação antiquíssima habitada desde o paleolítico e sede de concelho no tempo dos romanos. Outros, porém, defendem que o burgo só teve início com a fundação da nacionalidade. Controversa é, de igual modo, a origem do seu nome. Há quem defenda que vem da "barca-Celani", eventualmente a denominação mais antiga do rio Cávado, e há quem diga que vem de "barcela", designação popular no norte de Portugal e na Galiza , que significa "terra ribeirinha e plana".

Indiferente às questões teóricas, Barcelos cresceu, tornando-se no que é hoje o maior município de Portugal. Com 89 freguesias impõem-se pela sua agricultura, indústria, cultura e património. Já no século XV, a então vila gozava de grande prestígio: o apoio que dava aos viandantes, a experiência da Colegiada instituída pelo arcebispo de Braga, a comunidade judaica, o urbanismo civil e religioso foram importantes contributos para a boa fama. A estes há somente a acrescentar a feira de Barcelos, já então a maior do Minho.

Hoje como ontem, todas as quintas feiras, a cidade acorda mais cedo; o Campo da Feira enche-se de cor e som e, no mercado popular, encontra-se de tudo um pouco, desde os produtos da terra até ao artesanato típico da região.

Atravessando a antiga ponte sobre o Rio Cávado, entramos numa das localidades mais emblemáticas da arte popular minhota, Barcelos. Barcelos é uma cidade antiga, situada num local com vestígios arqueológicos desde a Pré-História, mas foi no séc. XII que sua história começou, primeiro quando D. Afonso Henriques lhe concedeu foral e a tornou vila e depois quando D. Dinis, em 1298, quis compensar o seu mordomo-mor João Afonso e o tornou conde, doando-lhe a povoação em título. Em 1385, o Condestável Nuno Álvares Pereira tornou-se o 7º Conde de Barcelos. Entregaria Barcelos como dote no casamento da filha D. Beatriz com D. Afonso, bastardo do rei D. João I. Começou então uma época de grande desenvolvimento e dinâmica para Barcelos, revelado com a construção da ponte, a muralha, de que resta a Torre da Porta Nova, do Paço dos Duques e da Igreja Matriz. São estes monumentos que constituem hoje o centro histórico da cidade que mantém um agradável ambiente medieval pontuado por solares e casas históricas como o Solar dos Pinheiros ou a Casa do Condestável. Um passeio a Barcelos não pode dispensar o antigo Largo da Feira, hoje Campo da República, onde se encontram as setecentistas Igrejas do Bom Jesus da Cruz, e da Nossa Senhora do Terço e onde se realiza a maior feira de artesanato do país, todas as quintas-feiras. Se perder a feira semanal, visite o Museu da Olaria e o Centro de Artesanato de Barcelos, onde tem uma boa perspectiva sobre a expressão artística minhota. De todas as peças aqui produzidas, o colorido Galo de Barcelos é o mais representativo, não esquecendo as bandas de música e as figuras retratando hábitos e costumes da região.

À beira do rio Cávado, Barcelos é uma cidade alegre e risonha como as gentes do Minho. Se gosta de festas e romarias, a Festa das Cruzes é um mergulho na luz e cor da tradição. E se e gosta de feiras, todas as quintas-feiras há uma que tem de tudo: hortaliças, ourivesaria, roupa de casa, ferrarias, loiças e...bons petiscos. E todos ficam encantados com as figuras coloridas e cheias de imaginação do seu artesanato.


Fotos de Janeiro de 2010




A vila foi oferecida pelo rei D. Dinis ao primeiro Conde de Barcelos em 1298. Se entrar pela ponte gótica que atravessa o rio, vê logo todo o núcleo deste tempo medieval: as ruínas do antigo palácio dos Condes, mais tarde Duques de Bragança, que se impõem na paisagem, a igreja Matriz, o Pelourinho. O terreiro do Paço é o cenário de um interessante Museu Arqueológico ao ar livre. Dê uma atenção especial ao Cruzeiro do Senhor do Galo, que conta num baixo-relevo a lenda do Galo, que Barcelos adoptou para ex-libris. No solar dos Pinheiros procure um velho de grandes barbas gravado na pedra. É o "Barbadão", protestando vingança contra um cavaleiro do Paço dos Duques que lhe desonrou a filha.

Das antigas muralhas resta uma robusta torre de menagem, bonito espaço para o Posto de Turismo. Dê um passeio no agradável jardim de sabor barroco e visite a Igreja do Senhor Bom Jesus da Cruz. É um templo muito elegante, que mistura no exterior a pedra escura do granito e o branco da cal que tão bem se harmonizam com as formas barrocas.

Solares de Portugal

http://www.solaresdeportugal.pt/PT/concelho.php?concelhoid=2


segunda-feira, 25 de janeiro de 2010

Barcelinhos num dia de Domingo...

Barcelinhos de um lado do rio Cávado... do outro, Barcelos.

Uma ponte medieval a unir as duas margens.

Lugares românticos a apelarem a "encontros de domingo... a fazer de conta que ainda é cedo...!"

(Cantam Gal Costa e Tim Maia - dedico a todos os amigos brasileiros que por aqui costumam passar...)


Fotos de Janeiro 2010





Lugar sentido
 
 
Imaginei-o um rio

E tenho saudade

Desse lugar (im)perfeito

Onde a terra me é vaidade


Prenúncio da minha harmonia

Da pele que de sol aquecida

No abrigo da poesia…

Era esse lugar que eu lia


Ah é esse o meu lugar…

Tem prados e letras pachorrentas

Tem manhãs de medronho

Montanhas de versos

e improvisos

e tem…vento!


Esse é o meu lugar

Com chão de giesta e mar ao pé

Tem de poesia o pulsar

E gorjeios de maré


Hoje não o senti

E o meu coração ficou mudo

Crendo que o esqueci…!


Um Poema de Ausenda
Blogue: Utopia das Palavras
http://poemas76.blogs.sapo.pt/27139.html


sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

A nossa gente: Bar 14

Mais uma descoberta neste Portugal de gente empenhada, e desta feita, em demanda de projectos artísticos para unir e reunir pessoas com gostos semelhantes.

 Acompanhando amigos artistas, pintores/escultores, lá fomos nós parar a um bar que eu desconhecia por completo: o "Bar 14"  ou "Espaço Cultural - 14", em Braga.



Luís de Matos, um bracarense todo votado para as artes culturais, expondo algumas das suas pinturas e esculturas foi o nosso anfitrião. Brindou-nos ainda com a presença de amigos seus, que através da poesia, música e canto,  nos proporcionaram uma noite muito agradável, com a alegria de quem sabe partilhar momentos de descontracção e convívio.
E todos nós poderíamos ter cantado ou até declamado, se para tal tivéssemos engenho e arte... o convite estava sempre em aberto.
Fica aqui o registo dessa noite, nas fotos que pude tirar:



Mais informação sobre o Bar 14, aqui:

E aqui: Espaço Cultural - 14
Quem Somos e o que cá pode encontrar:


Quem somos:
Um espaço com um conceito diferente, queremos estar envoltos em cultura artística e cultura humana. Queremos também levar este conceito às pessoas e despertar nelas o gosto pelo belo, pelo diferente, pelo real, pelo mundo…

(...)

Quem queremos que se junte a nós:
Todos os interessados na busca por algo mais, todos os interessados em ensinar e em aprender, todos os interessados em mostrar e em apreciar… Todos os Músicos, Pintores, Tatuadores, Escritores, Actores, Criadores, Professores, Inovadores, Artistas! Todos os que queiram mostrar o seu trabalho, que queiram dar ideias, que queiram dar apoio... não hesitem, falem connosco! Tel: 963619816.






quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Uma Nova Jornada...

Por mim, por ti, por todos os que estão necessitando de encontrar Uma Nova Jornada...


Senhor,

Tal como uma criança
Que precisa encontrar um lugar
Guia-nos com a Tua Graça
Concede-nos a Fé que nos salve

E a Fé que
Foi acesa em nós
Sinto que nos salvará...

(The Prayer )



Parque Nacional da Peneda-Gerês

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

A nossa gente: A Tasca do Delfim



A Tasca mais Típica do Norte de Portugal, em Arcos de Valdevez.


É, sobretudo, um autêntico museu de Concertinas... a visitar!
Delfim Pereiras Amorim, foi o maior tocador de concertina e cantador ao desafio, de Portugal.




Assim o demonstram as taças ganhas por esse país fora e no estrangeiro. Para além da enorme quantidade de fotos que estão expostas pelas paredes da 'tasca', ilustrando os seus grandes momentos de espectáculo. E ainda, a creditá-lo, as fotos conjuntas com outras pessoas famosas, como Amália Rodrigues, Eusébio e até Jorge Sampaio.

Delfim é um homem com grande amor à concertina, coleccionou muitas, de todos os tamanhos e feitios, bem expostas à mão de quem quiser tocar... e tocar, na sua tasca em Arcos de Valdevez, lá para os lados da parte mais antiga da vila, cujo letreiro à porta diz:


Foi através destas vidraças da porta que eu espreitei, acompanhada de uma amiga, pois nos chamara a atenção tantos objectos pendurados no tecto e expostos nas paredes. Nunca tinha tido conhecimento desta famosa tasca (agora é só procurar no Google e ver os muitos itens sobre ela).

Três pessoas se aqueciam à lareira e faziam-nos sinal para entrarmos. Muito longe de imaginarmos quem seriam estas três personagens, um vestido com um capote, à alentejano, o Delfim, a convidar-nos ao aconchego do fogo; a seu lado, um outro, o Zé Manel, também ele cantador e desafiador, embora muito mais envergonhado que o mestre da concertina; e ainda, uma vistosa mulher de lencinho laranja ao pescoço e mantinha nas pernas, a Maria, mulher - de longa data - do Delfim.

Lá nos fomos aconchegando, vagarosamente, pois o espanto por tudo o que nos rodeava fazia-nos demorar o olhar pelas paredes e tecto, totalmente cobertos dos mais variados objectos - muitos da tradição popular portuguesa. E depois do pasmo, sempre foi o aconchego das brasas, num final de tarde, deste mês de Janeiro que gela os ossos.

E quase sem darmos por isso, já tínhamos umas pataniscas de bacalhau e umas malguinhas de vinho de verde tinto, para retemperar da cavaqueira.
Foram momentos bem passados, risonhos, com as estórias 'ao desafio' do Delfim e a suavidade no trato da Maria, a dizer: "Não liguem às tolices dele. É um brincalhão mas respeitador".
Ninguém tocou, ninguém cantou, mas tudo encantou.
Ficou a promessa de um regresso à Tasca do Delfim... para colocarmos mais uma fotografia na parede!






Mais informação sobre a Vida do Delfim, colhidas na Internet:



Daqui: http://maisactual.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=1144&Itemid=77

E mais música ao desafio, aqui: http://video.google.pt/videosearch?hl=pt-PT&source=hp&q=Tasca+do+Delfim+em+arcos+de+Valdevez&um=1&ie=UTF-8&ei=WX5TS-X7Lcvz_AapisSqCg&sa=X&oi=video_result_group&ct=title&resnum=4&ved=0CBoQqwQwAw#

E a lição do Delfim, aqui: http://www.youtube.com/watch?v=asroL0Izb7o

«O ritmo é dado pelas concertinas, da colecção pessoal do dono da tasca, Delfim, um músico experiente que calcorreia o mundo, e que alguém já comparou, em fama, com Quim Barreiros. As 70 sanfonas da colecção revestem as paredes da tasca, e têm uso garantido já que os clientes as podem tocar. São um espectáculo multicolor, de diferentes origens e modelos: da Rússia, de França, de madeira e de metal, recentes e com mais de 100 anos. E aqueles atrevidos duelos de palavras, repletos de regionalismos e impropérios, parecem-nos tão espontâneos que nem os mais castos se chocariam. A animação está garantida, com bailarico à mistura, que é partilhada por todos, jovens e mais idosos. Mulheres, só uma que acompanhava o filho, descontadas as duas empregadas.»
Ver mais aqui: http://www.rotas.xl.pt/0399/a03-00-00.shtml

«Percorreu Portugal de lés-a-lés e actuou em vários países do mundo, com destaque para a França, onde foi 222 vezes. Confessa que a arte de bem tocar e cantar lhe dava muita popularidade entre as raparigas.
'No meu tempo, quem tocasse concertina tinha o que queria', deixa escapar Delfim, para imediatamente 'calar o bico', não fosse o diabo tecê-las e acabasse por dizer coisas que levassem a mulher com quem está casado 'há 36 anos e meio' a 'pegar no rolo da massa'. (Correio do Minho)»


«06-07-2009 10:40
Autor: Viriato

Tasca do Delfim (Cantador)

A RTP o canal público de TV, o mesmo canal que todos subsidiamos e que anda mais ao serviço do Estado do que dos portugueses, tem feito reportagens na nossa terra, esquecido do Alto Minho com destaque para AVV. Assim a visita à Tasca do Delfim, vai mostrar ao país e ao mundo que aqui nos Arcos existem verdadeiros artistas populares, o Delfim e a sua Santissima mulher, são a imagem tipica desta região alegre e de muito vinho verde! Assim é que sim!

06-07-2009 14:06
Autor: João Paulo

Re: Tasca do Delfim (Cantador)

É bom que as televisões mostrem o que temos de bom na nossa terra. Lembro com muita saudade o Delfim, que tocava e cantava no restaurante "o pote" em Viana do Castelo. Um homem alegre, bem disposto, feliz! Não tardará muito que o visitarei no seu "museu" das concertinas aí nos Arcos.»

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

Arcos de Valdevez

Arcos de Valdevez é uma lindíssima vila, sede de concelho, do Alto Minho, rodeada de natureza verdejante e banhada pelo bonito Rio Vez, está inserida no único Parque Nacional do País: o Parque Nacional da Peneda-Gerês.

Com ocupação humana desde tempos pré-históricos, como o testemunham os diversos achados arqueológicos de espaços funerários pré-históricos, que incorpora cerca de uma dezena de monumentos distribuídos por uma zona planáltica, destacando-se o Núcleo Megalítico do Mezio, que vale a pena conhecer.

Arcos de Valdevez, para além de toda a sua beleza natural, é também uma terra histórica, onde, segundo reza a tradição, se encontraram as tropas de Afonso VII de Leão e de D. Afonso Henriques, em 1140, dando origem à consagração do reino Português, rezando a lenda que no combate se deu uma carnificina tal que horas passadas do combate ainda o Rio Vez levava, até ao Rio Lima, sangue em vez de água.

A terra é visivelmente fértil e a vila encantadora, com as suas ruas e casario irregular, velhas mansões e igrejas, como a Igreja de Nossa Senhora da Lapa, de 1767, em estilo barroco, e a bonita Igreja Matriz.
A não perder é o antigo Campo da Feira, desde 1456, à beira rio, proporcionando bonitas paisagens e paz de espírito.

A Gastronomia da região é tipicamente minhota, e sinónimo de apetitosa, destacando-se o tradicional cozido à Portuguesa e a vitela assada.

Fonte: GUIA DA CIDADE - Viana do Castelo
http://www.guiadacidade.pt/portugal/index.php?G=monumentos.ver&artid=15434&distritoid=16


quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Rio Vez - trova do vento que passa...

«Trova do Vento que Passa»

Pergunto ao vento que passa
notícias do meu país
e o vento cala a desgraça
o vento nada me diz.

Pergunto aos rios que levam
tanto sonho à flor das águas
e os rios não me sossegam
levam sonhos deixam mágoas.

Levam sonhos deixam mágoas
ai rios do meu país
minha pátria à flor das águas
para onde vais? Ninguém diz.

Se o verde trevo desfolhas
pede notícias e diz
ao trevo de quatro folhas
que morro por meu país.

Pergunto à gente que passa
por que vai de olhos no chão.
Silêncio -- é tudo o que tem
quem vive na servidão.

Vi florir os verdes ramos
direitos e ao céu voltados.
E a quem gosta de ter amos
vi sempre os ombros curvados.

E o vento não me diz nada
ninguém diz nada de novo.
Vi minha pátria pregada
nos braços em cruz do povo.

Vi minha pátria na margem
dos rios que vão pró mar
como quem ama a viagem
mas tem sempre de ficar.

Vi navios a partir
(minha pátria à flor das águas)
vi minha pátria florir
(verdes folhas verdes mágoas).

Há quem te queira ignorada
e fale pátria em teu nome.
Eu vi-te crucificada
nos braços negros da fome.

E o vento não me diz nada
só o silêncio persiste.
Vi minha pátria parada
à beira de um rio triste.

Ninguém diz nada de novo
se notícias vou pedindo
nas mãos vazias do povo
vi minha pátria florindo.

E a noite cresce por dentro
dos homens do meu país.
Peço notícias ao vento
e o vento nada me diz.

Mas há sempre uma candeia
dentro da própria desgraça
há sempre alguém que semeia
canções no vento que passa.

Mesmo na noite mais triste
em tempo de servidão
há sempre alguém que resiste
há sempre alguém que diz não.

Manuel Alegre

Fotos de Arcos de Valdevez - Janeiro 2010 / Lucília Ramos


http://pt.wikipedia.org/wiki/Rio_Vez

O Rio Vez está localizado na falda da Serra do Soajo no Parque Nacional da Peneda-Gerês, Portugal.

Este rio atravessa a terra de Arcos de Valdevez onde se realizou o famoso Torneio de Arcos de Valdevez que está na origem da Independência de Portugal. Principal afluente do Rio Lima, na margem direita. Drena uma área aproximada de 260Km2.

As águas deste rio são ricas em truta, facto que atrai numerosos entusiastas na época da pesca.

Rio Vez

... é acrescido com as águas do rio Ázere em Arcos de Valdevez, dividindo a vila a meio, antes de desaguar no rio Lima.






segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Viana - da Foz do Lima

Conde de Viana (da Foz do Lima)


Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

D. Álvaro Pires de Castro, 1.º Conde de Viana (da Foz do Lima).

Conde de Viana (da Foz do Lima) (hoje conhecida por Viana do Castelo) foi um título nobiliárquico atribuído a Álvaro Pires de Castro, irmão de D. Inês de Castro, por carta de D. Fernando I datada de 1 de Junho de 1371. D. Álvaro foi também 1º Conde de Arraiolos e 1.º Condestável de Portugal.

O Condado vagou para a coroa com a morte de D. Álvaro, voltando a ser otorgado a D. Duarte de Meneses por carta de 6 de Julho de 1446 (D. Duarte I) por troca com o condado de Viana (do Alentejo) que regressou à coroa. Entretanto, o condado de Viana (da Foz do Lima) foi depois herdado por seu filho, D. Henrique de Meneses.




Santuário de Santa Luzia

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

A Basílica ou Templo do Sagrado Coração de Jesus, mais conhecido por Templo de Santa Luzia está situada no alto do monte deste nome, na cidade de Viana do Castelo, em Portugal, donde se vislumbra uma vista ímpar da região, que concilia o mar, o rio Lima (lethes) com o seu vale, e todo o complexo montanhoso, panorama considerado um dos melhores do mundo segundo a National Geographic.

sábado, 9 de janeiro de 2010

Príncipe dos Poetas Líricos - Diogo Bernardes








Diogo Bernardes (1520-1605) nasceu em Ponte da Barca, Alto Minho, e estudou em Braga. Foi moço de câmara do rei D. Sebastião e acompanhou-o a Alcácer Quibir (1578), tendo ficado prisioneiro dos Mouros depois da batalha.

Relacionou-se com António Ferreira, Sá de Miranda e Pêro Andrade Caminha, tendo partilhado com eles as concepções clássicas, como a fidelidade aos modelos greco-latinos e renascentistas espanhóis e italianos.

Obras: Rimas ao Bom Jesus e à Virgem Gloriosa sua Mãe (1595), O Lima (1596) e Flores do Lima (1597).



O Lima e o Bucolismo de Diogo Bernardes

Meu pátrio Lima, saudoso e brando,

Como não sentirá quem Amor sente,

Que partes deste vale descontente,

Donde também me parte suspirando?


Se tu, que livre vás, vás murmurando,

Que farei eu, cativo, estando ausente?

Onde descansarei de dor presente,

Que tu descansarás no mar entrando?


Se te não queres consolar comigo,

Ou pede ao Céu que nossa dor nos cure,

Ou que trespasse em mim tua tristeza:


Eu só por ambos chore, eu só murmure,

Que d'um fado cruel o curso sigo,

Não tu, que segues tua natureza.


Fonte: Projecto Vercial
http://alfarrabio.di.uminho.pt/vercial/diogob.htm

Fotos do Rio Lima em Ponte da Barca - Janeiro 2010 /Lucília Ramos:


Ponte da Barca, um paraiso escondido no interior do Alto-Minho.

Ponte da Barca, em pleno coração do Alto Minho deve o seu topónimo à "barca" que fazia a ligação entre as duas margens, e é a "ponte" construída em meados do séc. XV que lhe vai dar o nome de S. João de Ponte da Barca (1450).

O topónimo Ponte da Barca aparece pela primeira vez nas "inquirições" de 1220, sendo antes conhecida pelo nome de Terra da Nóbrega (ou Anóbrega). Mas já em 1050 se mencionaria um ponto de passagem da "Barca" no cruzamento da via dos peregrinos que, de Braga, demandavam a Santiago ou que, da Ribeira Lima, se dirigiam a Orense, por Lindoso. É vila sede de concelho, com cerca de 1500 habitantes, cujo foral, concedido por D.Manuel, remonta a 1513.
Terra rica, fidalga, de feição arejada, as Terras da Nobrega viram poetas da paisagem, das fontes e da saudade limianas. Mas Ponte da Barca, também, vila morena, de granito talhada, cheia de construções apalaçadas com capelas e muros fronteiros, ameados e brasonados do séc. XVI e XVII, os Paços do Concelho, o pelourinho, o abrigo porticado, a Matriz dedicada a S. João Baptista e com risco de Vilalobos. E ao lado de todo este espólio histórico/monumental, em plena harmonia de linhas e cérceas, uma vila nova a cheirar a progresso, uma Ponte da Barca atractiva e moderna.
Ponte da Barca turística, com as suas pesqueiras do Rio Lima (pesca da lampreia), seus coutos de caça, desportos nauticos, praia fluvial, um bom equipamento de restauração e de animação hoteleira, artesanato, folclore, uma gastronomia de requinte, e aquele vinho branco extra reserva da Adega Cooperativa, acompanhado sempre por um saber receber como ninguem, fazem de Ponte da Barca uma terra de eleição.

Copyright © 2008 Nuno Gonçalves

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Em Dia de Reis...

O QUINTO IMPÉRIO



Triste de quem vive em casa,

Contente com o seu lar,

Sem que um sonho, no erguer de asa,

Faça até mais rubra a brasa

Da lareira a abandonar!


Triste de quem é feliz!

Vive porque a vida dura.

Nada na alma lhe diz

Mais que a lição da raiz –

Ter por vida a sepultura.


Eras sobre eras se somem

No tempo que em eras vem.

Ser descontente é ser homem.

Que as forças cegas se domem

Pela visão que a alma tem!


E assim, passados os quatro

Tempos do ser que sonhou,

A terra será teatro

Do dia claro, que no atro

Da erma noite começou.


Grécia, Roma, Cristandade,

Europa – os quatro se vão

Para onde vai toda idade.

Quem vem viver a verdade

Que morreu D. Sebastião?



Fernando Pessoa






segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

Entre o Paleolítico e a Idade do Ferro

D. Diogo de Sousa - Museu de Arqueologia
Braga

"O tempo é como um rio que os acontecimentos formassem, um rio tormentoso. Mal uma coisa se anuncia, ei-la que já se vai, no seu lugar já está outra em jeito de abalada. "

Marco Aurélio - Imperador Romano












Exposição Permanente


A exposição permanente inicia-se no corredor do piso de entrada, com uma breve abordagem à história do Museu, à qual se seguem quatro grandes núcleos expositivos.

Na sala 1 estão expostas as colecções cronologicamente compreendidas entre o Paleolítico e a Idade do Ferro.

Na sala 2 abordam-se as questões inerentes à integração de Bracara Augusta no Império romano, ou seja, em que medida o comércio e o contacto com as inovações tecnológicas influenciaram o desenvolvimento da economia local.

Na sala 3 pode tomar-se contacto com aspectos relacionados com o desenvolvimento do projecto de arqueologia urbana, em curso, respeitantes à organização do espaço público e doméstico em Bracara Augusta.

Na sala 4, são apresentados testemunhos alusivos às ligações viárias de Bracara Augusta, às necrópoles que se situavam na sua proximidade para além de alguns achados associados à religiosidade, no período romano e paleocristão.

A cave do bloco de serviços "o espaço-cripta" conserva vestígios “in situ”, de uma habitação da época romana com um mosaico.


Os textos de sala fornecem informação detalhada sobre as peças em exposição e seus contextos de origem.

Fonte:  D. Diogo de Sousa - Museu de Arqueologia



sábado, 2 de janeiro de 2010

Livraria Lello - Porto

Falhas de leitura

O mundo é o espelho das nossas falhas de leitura,
da nossa quase cegueira total.

“Saber ler” requer mais do que a descodificação de símbolos,
não chega saber toda a conjugação do alfabeto,
será antes “a leitura” que aprendemos desde o berço,
no rosto de todos os que nos rodeiam!

Cada um de nós é um livro exposto em cada gesto ou expressão.

O mundo é o conjunto de todos os nossos rostos.
...
E eu... sonho saber ler... através de olhitos de crianças,
de conversas de leituras - não só de livros -,
de rostos que se espelham à minha volta.

- Nas leituras que afinal me pertencem porque me encontro em cada uma delas,

- na tentativa ansiosa de sair deste círculo de ferro,

- do querer despertar no silêncio da flauta,

- no saber libertar a minha alma
                                           quando aprender a ler... a olhar-me no meu espelho.

Lucília Ramos



Livraria Lello, no Porto

É considerada a terceira mais bela do mundo.
O jornal inglês chama-lhe “divina”.
“É um motivo de orgulho para os Portugueses, e aumenta as nossas responsabilidades», diz Antero Braga, proprietário da Lello, depois de saber e de a ir visitar fiquei com o conhecimento que a livraria é uma referência a nível mundial.
No entanto, o terceiro lugar sabe a pouco: construída de raiz não conheço nenhuma tão bonita.
Fundada em 1906, a Livraria Lello, estende-se por dois andares, mantém a traça original.
O edifício, projectado por Xavier Esteves, foi construído de raiz em estilo neogótico. Surpreende, a quem ali entra, a escadaria circular, as enormes estantes iluminadas pela suave luz da clarabóia.
É um património arquitetónico maravilhoso.
Nas estantes e bancas existem cerca de «120 mil títulos diferentes». E em várias línguas, porque parte substancial dos clientes da casa chega do estrangeiro.
A pensar nos turistas, que têm a Lello como lugar de passagem no roteiro do Porto, «temos obras traduzidas, em várias línguas, de escritores portugueses».
Ao contrário das outras casas, graças ao público internacional, a Lello não apresenta quebra de vendas durante os meses de Verão.
http://nelaparadelafuturbrain.blogspot.com/2009/01/visita-biblioteca-almeida-garrett.html


Fonte: Portefólio Reflexivo de Aprendizagem