Não posso adiar o amor para outro século
não posso
ainda que o grito sufoque na garganta
ainda que o ódio estale e crepite e arda
sob montanhas cinzentas
Não posso adiar este abraço
que é uma arma de dois gumes
amor e ódio
Não posso adiar
ainda que a noite pese séculos sobre as costas
e a aurora imprecisa demore
não posso adiar para outro século a minha vida
nem o meu amor
nem o meu grito de libertação
Não posso adiar o coração
Autor: António Ramos Rosa (1924) – Portugal
Poema tirado do blog da minha irmã Manuela Ramos: "CEREJAS DE MAIO"
Daqui: http://manuelaestrela.blogspot.com/
3 comentários:
Adiar o Amor... E a gente sabe o que é o Amor? Por isso se fala tanto nele, em tantos meios. Tenho reflectido sobre o Amor e tenho chegado por vezes, too many times, à conclusão, dura, de que não sei o que é Amor.
Ternura,carinho, primos do Amor, eu sei o que é porque os sinto algumas vezes. Mas esse Amor que toca por uma fracção de segundo e cura definitivamente, não sei como é.
O resto são amores, amorzinhos.
Talvez quando olho para uma árvore em silêncio, talvez isso seja Amor, com letra grande... A árvore é...nem sei dizer...
Gosto muito desta cor, é uma das minhas cores preferidas, sem dúvida.
A verdade é que há medo desse tal Amor, que patetice, mas há..
Um abraço com ternura. Com Amor? na :)
É um poema muito belo, este. Beijinho.
Querida Lucy. O amor jmais se pode ou deve adiar,mas sim viver intensamente até as ultimas forças.
Beijinho de amizade bfs Lisa
Enviar um comentário