Fotografia do "Rio Cávado, no Gerês"

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Diário de uma viagem (15) - Dornes, Ferreira do Zêzere

Dias quentes de Outubro... a retardarem um Outono que chegou mais tarde para arrastar tudo com a força dos ventos e das águas... 
Foram 15 dias de descobertas e de dias harmoniosos (contados aqui no blog de trás para a frente). 
Finalizo o diário de uma viagem, porque foi aqui que começou, em Dornes...  
Passeei comigo mesma e foi muito bom! Andar sozinha à descoberta do nosso Portugal dá-nos a oportunidade de nos aproximarmos e deixarmos que os outros se aproximem, pois a liberdade é total. 
Foi assim que me senti: "liberta"... ao ponto de me esquecer de mim - não tinha saudades de ninguém, a família eclipsou-se... era como se existisse sem existir - o tempo parara, só o vento soprava... incrivelmente terno,  e o silêncio era de uma Paz que eu tinha a sensação que levitava e toda a Terra comigo!...



Dornes forma uma península banhada pela Albufeira de Castelo do Bode e teve origem numa igreja mandada construir pela rainha Santa Isabel, num penhasco onde existe uma torre templária. Esta torre pentagonal, de cunhais calcários enquadrando muros xistosos, traçado irregular e única no País, terá sido ou não, edificada sobre o que restava de uma outra atribuída a Sertório, general romano que nasceu pelos anos 122 (?) a.C. e morreu assassinado no ano de 72 a.C.



A Vila de Dornes situa-se numa pequena península à beira-Zêzere, no concelho de Ferreira do Zêzere.
Terra muito antiga, será mesmo anterior à fundação da nacionalidade, como o atestam os monumentos e os vestígios arqueológicos que por aqui se têm encontrado. Já na primeira dinastia alguns documentos que lhe fazem referência, sendo documentada a presença de um religioso de Dornes no Foral de Arega, em inícios do século XIII.
Ainda no século XIII há referências à Comenda Templária de Dornes.



Vale Serrão - a casinha que me acolheu durante uns dias e onde pude repousar o espírito deixando-me 'parar' no tempo...
O vento soprava morno e levava tudo... até a minha existência!


Praia da Ursa - o lago onde me banhei... e lavei pensamentos, emoções... batismos de ouro sobre azul.
O sono apanhava-me de surpresa e deixava-me dormir até escurecer. 
O sossego era enorme, só eu e a natureza!...
Que saudades destas águas mornas e límpidas... saudades de mim...!

Outubro de 2011






1 comentário:

Astrid Annabelle disse...

Pois muito bem minha querida Lucy! Estava esperando o fim que é o começo!!!!! Agora irei ver tudo na seqüência cronológica...
Lembro de muitos lugares aí em Dornes...cada cantinho lindo.
Quem sabe ainda iremos juntas ao lago!
Lindo, tudo lindo!
Beijos e inté.
Astrid Annabelle