NOVAMENTE NO PARQUE NACIONAL DA PENEDA-GERÊS
Gerês - por onde andei esfarelando caminhos, num período de dez anos esvoaçados no tempo.
Junceda - o refúgio das minhas horas mortas, dos gritos mal contidos no peito, dos segredos sussurrados pelo vento.
Gerês - por onde andei esfarelando caminhos, num período de dez anos esvoaçados no tempo.
Junceda - o refúgio das minhas horas mortas, dos gritos mal contidos no peito, dos segredos sussurrados pelo vento.
Voltarei!...
REGRESSO
Regresso às fragas de onde me roubaram.
Ah! Minha serra, minha dura infância!
Como os rijos carvalhos me acenaram,
Mal eu surgi, cansado, na distância!
Cantava cada fonte à sua porta:
O poeta voltou!
Atrás ia ficando a terra morta
Dos versos que o desterro esfarelou.
Depois o céu abriu-se num sorriso,
E eu deitei-me no colo dos penedos
A contar aventuras e segredos
Aos deuses do meu velho paraíso.
Miguel Torga
Setembro de 2008
3 comentários:
Também gosto de te ler, Lucy.
A foto da gaivota está magnífica...
Beijo.
Eduardo
Claro que não é só a da gaivota, a da galinha, a da menina, e as outras! Desculpa o lapso!
E quanto a Torga...é uma das minhas paixões...duradoiras!
Beijo.
Eduardo
Voltar a nossa essência e resnacer.
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