Amanheço
Fome e sede de manhã.
Licor de sol.
Frescura de brisa nos caminhos da alma.
Talvez porque envelheço
e saturei as gorduras da noite,
quero ser erva.
Amanheço.
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Lx, Março 2011
Poema de Eduardo Aleixo
Blog: "À Beira de Água" http://ealeixo.blogspot.com/2011/03/amanheco.html
(Fotos num amanhecer em São Cipriano - Resende)
6 comentários:
Olá Lucy estas fotos estão lindas, eu adoro o mar, mas detesto fazer praia.Beijinhos.
Lindas as tuas fotos. Lindo o poema. Linda a serenidade que me transmitiste através do Zé do Telhado...
Beijo.
Eduardo
Quem escreve é o Zé, o do Telhado. É só para dizer que nunca houve tanta calmaria por estas arribas desde que me pus a pensar com a própria caximónia ( desculpe Sô Tôra a minha ignorânca ; nã sê se a palavra tá bem escrita ). Nã quer incomodar. É só para dizer que até as côves, e as favas e as ervilhas jé merdam, perdão, já medram, devido ao silêncio que se fez. Eu segui o conselho do mocho sábio que me disse: manda à merda ( perdão, sô tôra, foi o pio sábio do mocho a falar ) todo o discurso do poder, da vaidade, da falsidade, da mani...manipu..lação, olha acho que é assim )maledi....di...cência ( ai que palavrão ), ouve só o teu coração...
Bom, vamos ter um bom ano. Boas favas. Ervilhas. E bom pêxe. O rio tá cheio.
Tou só na cabana. E tou bem. E nã digo nada a nenguém. Se sabem vêm cá prender-me outras vez, carago.
Só porque, sei lá eu, que mal fiz...
Comprimentos, Sô Tôra.
E também acho, dêxe-me lhe dixer que a vejo más feliz, assim a modos como era antigamente, mais sorriso, mais lindura, olhe, quando se enamorô por aquele tripêro, bom, que desgosto foi o meu, já pasou, carago, ou porra, como diria aquele seu amigo do sul. nã é má tipo, ma nã é dragom...
Zé
Esta é a Maria da Fonte que está a falar:
Oh! Zé! Bossemecê que bobeu? Está a sair dos exos, home! Estaba eu a cuidare do meu jardinhe e bi isto!? Balha-me Deus, atão agora deu-lhe pr'a me xamare de Sô Tora? Homessa, isso é moda lá na sua terra. Aqui xamam-me mesmo é Maria.
Olhe, acabei de xigare do cinema, fui bere aquela fita da 'Dúbida'. Inté gostei, mas tibe peninha do padre. A reitora era tão 'azeda' qu'inté lhe fundiam as lâmpadas todas. Num se pode com mulheres ressabiadas. Despois deu-lhe pr'o desgosto e amarrou-se a um crucifixo. Balha-me Deus!!!
Druma benhe e sonhe oitra bez c'oa cabana e c'oa cana de pesca. Mas dexe lá o 'dragon' que eu também num bou à bola cum eles.
Dê uma beijoca ao seu amigo do sule.
Esta sua criada,
Maria da Fonte
Gostei muito do poema e diverti-me imenso com os comentários.
É urgente avisar toda a gente que é urgente o amor!
Um abraço
Olá Diamantino!
Isto são com conversas entre um compadre alentejãno e uma Maria Nabiça que vai à fonte e parte o cântaro todo.:)
Grata pela sua presença sempre constante,
Um abraço,
Lucília
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