Numa Páscoa friorenta e lacrimosa... uma família percorrendo as artérias transmontanas, desde Vila Pouca de Aguiar, Mirandela, Vila Flor, Torre de Moncorvo e Lousa - onde o ritmo cardíaco era acelerado por lembranças de outros tempos!...
(Reparar na "figueira" que vai rebentando sempre no mesmo local, no cimo da parte frontal da Torre de Moncorvo, que existe há muitos, muitos anos - já os meus pais falavam dela quando habitaram em Moncorvo e já lá vão mais de setenta anos...)
Torre de Moncorvo teria nascido de uma remota Vila da Alta Idade Média, que em antigos documentos vem designada Vila Velha de Santa Cruz da Vilariça, situada no topo da margem direita do Rio Sabor e nas proximidades do núcleo de vida pré-histórica do Baldoeiro.
Segundo a tradição, os habitantes desta povoação, devido à insalubridade do local muito sujeito às emanações palustres e, talvez, também, em consequência dos estragos sofridos com as Razias Mouriscas tão frequentes na época abandonaram-na deslocando-se para o ponto mais arejado no sopé da Serra do Roboredo. De qualquer maneira, a ter-se dado o abandono da Vila de Santa Cruz da Vilariça, este ter-se-ia processado nos fins do séc. XIII. No principio desse século existia ainda a Vila de Santa Cruz da Vilariça e dava sinais de relativa vitalidade, pois recebeu de D. Sancho II, em 1225, uma carta foral que lhe concedia importantes isenções e regalias fiscais e penais.
Quanto à origem do topónimo de Torre de Moncorvo, segundo as Memórias Paroquiais de 1978,
Segundo a tradição, os habitantes desta povoação, devido à insalubridade do local muito sujeito às emanações palustres e, talvez, também, em consequência dos estragos sofridos com as Razias Mouriscas tão frequentes na época abandonaram-na deslocando-se para o ponto mais arejado no sopé da Serra do Roboredo. De qualquer maneira, a ter-se dado o abandono da Vila de Santa Cruz da Vilariça, este ter-se-ia processado nos fins do séc. XIII. No principio desse século existia ainda a Vila de Santa Cruz da Vilariça e dava sinais de relativa vitalidade, pois recebeu de D. Sancho II, em 1225, uma carta foral que lhe concedia importantes isenções e regalias fiscais e penais.
Quanto à origem do topónimo de Torre de Moncorvo, segundo as Memórias Paroquiais de 1978,
" hé tradição que se mudava da Villa de Santa Cruz pela multidão de formigas, que não só faziam dano considerável em todos os viveres, mas aos mesmos viventes lhe cauzavão notável opressão, e resolvendo-se a evitar estes incomodos forão para o pé do Monte Reboredo aonde havia uns cazaes de que era senhor um homem chamado Mendo, o qual dizem que na sua casa tinha uma torre e domesticando nela um corvo. Crescendo depois a povoação e tendo o foral de Villa lhe chamarão de Villa de Mendo do Corvo, que com fácil corrupção se continuou a chamar a Villa de Moncorvo".
8 comentários:
Obrigado por teres colocado no teu lindo blogue um poema meu. Sinto-me honrado por isso. As tuas fotos sobre as gaivotas voando em apoteose de luz são um poema luminoso. Depois, a leitura sobre a tua viagem na Páscoa com a família e as recordaçoes que suscitaram, são ternas. A alusão á figueira da torre que renasce ainda hoje faz-nos pensar nos caprichos do tempo. E aquela historia das formigas corrobora que a História tem que se lhe diga, percebendo-se que não há História sem as estórias.Fiquei maravilhado, como sempre fico, com os teus slides, o teu trabalho, a tua sensibilidade. Obrigado pela partilha. Se fosse borboleta... penetraria melhor, voando, pelos pormenores fotográficos, veria mais, e ficaria certamente mais enrfiquecido, mais sábio, e logo, mais humilde perante a beleza que o mundo nos concede...
Bem-hajas.
Eduardo
Lucy!
Venho hoje, acompanhada de bolo e doces da festa que aconteceu lá em casa!
Esse seu canto é um encanto...impossível não se emocionar com toda a beleza manifestada através da sua lente.
A dança das gaivotas!!! O mar imenso! E na primeira imagem do Sol com reflexos vejo um coração vermelho estampado em baixo da Luz...
Lucy! Que Deus lhe abençoe e lhe conserve...são poucos que tem a habilidade e o dom de captar tanta LUZ!!!!
Parabéns amiga.
Um beijo agradecido.
Astrid
Olá Lucy adorei ver as tuas fotos das tuas viagens, só tive pena de não conseguir ver as fotos da Páscoa transmontana.A minha mãe é transmontana de nascimento, de uma pequena aldeia chamada Cerejais onde existe lá um Santuário dedicado a Nossa Senhora que é muito lindo, a vila mais próxima chama-se Alfândega da Fé, a cidade mais perto é Bragança.Eu adoro a região de Trás-os-Montes.Beijinhos.
Olá Lucy voltei aqui outra vez e já consegui ver as fotos da Páscoa Transmontana.Estão lindas e gostei muito de ver o cavalo ou o macho como dizem os transmontanos.Eu adoro os animais.A pequena igreja do Senhor dos Passos em Lousa-Moncorvo também é muito linda.Beijinhos.
Adorei o poema, adorei esta lição de história.
Obrigada pela partilha. Jinhos
Lucy.Gostei de ver terras aqui que conheço bem,um trabalho bonito e bem descrito,me encanta as tuas fotos,pena foi o tempo frio e chuvoso.
Beijinho de amizade
Lisa
Amigos: Eduardo, Astrid, Fátima, Clarinda, Lisa,
Não tenho estado por casa, só mesmo para trocar de saco de viagem e aí vou por esse Portugal desconhecido..(algum!?)
Agradeço muito a vossa visita. Logo que possível irei deixar uma mensagem nos vossos blogues.
Andei numa longa volta pelo Distrito de Viseu e estou muito cansada.
Beijos para todos, com muito carinho,
Lucy
Descansa, amiga. Andaste por terras de Biriato!
Beijos.
Eduardo
Enviar um comentário